sexta-feira, 1 de abril de 2011

O QUE VOCÊ REALMENTE QUER PARA VOCÊ?

1º de abril. Lá se foram 90 dias de 2011. Três meses. Há algum tempo escolhi começar o ano estabelecendo uma série de metas pessoais e profissionais. Hoje estou fazendo uma análise do que já consegui atingir e o que ainda falta ser feito para chegar aonde quero. Faço isso há algum tempo porque aprendi que é difícil encontrar o contentamento sem propósitos na vida. Quando não temos ou não sabemos o propósito de nossas vidas não compreendemos seu significado e é muito mais fácil ficar confuso, perdido. Mas, algo me diz que, como na fábula zen budista citada em meu post de 1º de janeiro, talvez algumas pessoas ainda estejam passando grande parte do dia ¨pensando coisas nas quais não deveriam pensar, desejando coisas que não deveriam desejar, fazendo planos que não deveriam fazer.¨

O filósofo e terapeuta Lou Marinoff considerou a falta objetivos pessoais a grande praga do século 20. Até agora isso não parece ser diferente se considerarmos a primeira década do século 21. Tenho testemunhado amigos próximos, familiares e até profissionais que parecem estar completamente perdidos e à toa. Como folhas secas ao vento eles são levados pelas circunstâncias ou desejos que não conseguem controlar e são incapazes de avançar, crescer – seja em que sentido for – pela falta de objetivos e metas e pela falta de disciplina, determinação e força de vontade para cumpri-los e atingi-los. Pessoas capazes e com potencial que carecem de um senso de objetivo ou significado em suas vidas, que se excedem e o pior, parece que isso passou a ser normal.

Tenho pensado e lido muito a respeito deste assunto e ao contrário do se pode imaginar, de acordo com muitos pensadores e autores, aprendi que o maior responsável pela mediocridade na vida das pessoas não é a falta de oportunidades, mas seu excesso. Segundo estes estudos, é o excesso de oportunidades que dissipa as energias e divide os pensamentos em tantos assuntos e em tantas direções diferentes que, ao invés de criar um foco seguro que sirva de guia as pessoas se tornam vítimas da dúvida, insegurança e, conseqüentemente, da fraqueza.

É fácil perceber que no mundo em que vivemos o ambiente impõe circunstâncias que forçam as pessoas a fazer muitas escolhas o tempo todo. São encruzilhadas com várias opções e sem objetivos claros e específicos para manter o foco é natural que a dúvida paralise e disperse os esforços. Para completar, a própria natureza do ser humano é confusa, complexa e uma mistura de desejos e contradições. A cada momento surge algo novo que ¨não podemos deixar de fazer¨. A dúvida entre fazer ou não cria a letargia que vejo estampada nos rostos de muitas pessoas. Sem direção e propósito elas vagam sem obejtivos que as guiem e as oriente diante das escolhas diárias.

Enquanto tentava colocar no papel as idéias que compõem este texto, me deparei com um história contada no livro Footprints of Gautama Budha: Um monge estava tendo problemas com seu progresso e por ser monge sua meta era o progresso espiritual. Freqüentemente ele voltava “à vida superficial da Terra”. Desanimado, o monge procurou Buda, que logo compreendeu a causa do problema e apontou para uma galinha numa moita. Havia dez ovos no ninho, mas nenhum pintinho. A galinha andava de lá para cá, em vez de chocar os ovos. Mesmo quando chocava, revirava-os com os pés, esperando que rachassem e alguns biquinhos aparecessem. Porém, não tinha sucesso. Buda disse: “Aquela galinha queria muito os filhotes, mas ela não os deixou nascer porque não chocou os ovos. As coisas não vêm apenas pelo desejo.”

Mais do que desejar que você seja capaz de fazer escolhas e estabelecer metas que o ajudem a extrair o máximo de seu potencial, escrevi este texto na esperança de chamar sua atenção para o tema e contribuir para que você reflita e tenha força e determinação para atingir suas metas. Pare de andar para lá e para cá. Faça suas escolhas e dê tempo suficiente para as coisas acontecerem através da ação focada. Nunca retroceda, nunca desista.

Murilo Lima, 1º de abril de 2011

Um comentário:

  1. FATO! Às vezes as coisas teimam em demorar para acontecer, mas o lema é esse mesmo! Nada de desistir! Seguir em frente e em busca do que almejamos! Abração!

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